quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Guitarra e Flores


Belas flores ao som de magníficos acordes de guitarra.

E a oferta a todos vós de um ramo de flores!...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Nathalie Cardone : Comandante Che Guevara


Hoy me apetece compartir esta linda cancion interpretada por Nathalie Cardone.
Espero que os guste.


Natalie Cardone nació un 29 de marzo de 1967. De padre italiano y madre española.Desarrolló su carrera de actriz en Francia.Hizo varias películas con artistas de renombre mundial,entre ellas con Catherine Deneuve.Su carrera como cantante empieza de manera casual.En 1990 es llamada para hacer un nuevo video clip de la canción «hasta siempre comandante».Su voz y su estilo se impusieron a las otras versiones e hizo de ésta canción un rotundo éxito.De allí en adelante su carrera como cantante acaparó los primeros tops musicales , por lo cual ya tiene grabados varios CDs de música popular.




«Hasta Siempre»

Aprendimos a quererte,
Desde la histórica altura,
Donde el sol de tu bravura
Le puso cerco a la muerte.

Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia
De tu querida presencia,
Comandante Che Guevara.

Tu mano gloriosa y fuerte
sobre la historia dispara,
cuando todo Santa Clara
Se despierta para verte.

Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia
De tu querida presencia,
Comandante Che Guevara.

Vienes quemando la brisa
con soles de primavera
para plantar la bandera
con la luz de tu sonrisa

Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia
De tu querida presencia,
Comandante Che Guevara.

Tu amor revolucionario
te conduce a nueva empresa,
donde espera la firmeza
de tu brazo libertario.

Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia
De tu querida presencia,
Comandante Che Guevara.

Seguiremos adelante
como junto a ti seguimos
y con Fidel te decimos :
«¡Hasta siempre Comandante!»

Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia
De tu querida presencia,
Comandante Che Guevara.

sábado, 25 de setembro de 2010

A noite


Não sei se dormia, mas a noite escura envolvia-me.
Quanto tempo durou essa gélida escuridão? Dentro de mim ardia, mas cá fora estava frio. Eu olhava e não via, eu ouvia mas não escutava e eu só queria compreender…
Mas conseguia sentir. Sentia o instinto inato, a dor, o terror do que não conhecia. Também pressentia o teu vulto. Adivinhava o calor quando me tocavas e a calma quando murmuravas.
Nas trevas, apercebi-me da luz. A noite escura acabaria, tu espantarias as sombras negras.
Não estava só, não estava isolado.
Agora sei.
As tuas mãos foram a ponte para o dia e o teu abraço acalmou a febre que ardia dentro de mim.
Agora compreendo.
Tu ajudaste na construção das asas que me ajudam a fugir sempre que a noite escura se aproxima.
Obrigado!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

because it is... a FAMILY!...


Um vídeo para vermos, ouvirmos e reflectirmos em conjunto:

because we are all one FAMILY!...


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ô temps !


Ô temps ! si l'on pouvait dans ton urne profonde

Ô temps ! si l'on pouvait dans ton urne profonde
Puiser des jours nouveaux comme on puise de l'onde,
J'en voudrais bien encor !

Je dirais à la vie : oh ! que ta fleur renaisse !
Et je reposerais sur mon front la jeunesse,
Cette couronne d'or !

Victor HUGO
Recueil : Océan vers

Traducción en Español :

¡ Ô el tiempo! Si se pudiese en tu urna profunda
Sacar días nuevos como sacamos de la onda(ola),
¡Quedría más !

Diría a la vida: ¡ oh! ¡ Qué tu flor renazca!
Y reposaría(repondría) en mi frente la juventud,
¡ Esa corona de oro!

El tiempo pasa, la vida pasa, todo pasa….

¿Pasamos por el tiempo o el tiempo pasa por nosotros?

sábado, 18 de setembro de 2010

Ilusão Perdida


Florida ilusão que em mim deixaste
a lentidão duma inquietude
vibrando em meu sentir tu juntaste
todos os sonhos da minha juventude.

Depois dum amargor tu afastaste-te,
e a princípio não percebi. Tu partiras
tal como chegaste uma tarde
para alentar meu coração mergulhado

na profundidade dum desencanto.
Depois perfumaste-te com meu pranto,
fiz-te doçura do meu coração,

agora tens aridez de nó,
um novo desencanto, árvore nua
que amanhã se tornará germinação.

Pablo Neruda, in “Cadernos de Temuco”

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Le verbe Aimer

Aujourd’hui je vais vous présenter ce post en français avec une citation du verbe Aimer, j’espère que vous allez l’aimer !

« Le Verbe Aimer est le plus compliqué de la langue. Son Passé n'est jamais Simple. Son Présent n'est qu'imparfait et son Futur est toujours Conditionnel. »

Cette citation est tellement vrai n’est-ce pas ?

La chanson de la première vidéo ce sont les Enfoirés qui chantent chaque année pour aider les Restaurants du cœur »

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Porquê?

Porque é que, embora eu negue, o aspecto exterior tem tanta importância?
Porque é que sem conhecer uma pessoa e só de olhar para ela uns segundos, a classifico de simpática ou antipática?
Porque é que numa entrevista de emprego (com habilitações similares), se eu for um moreno de olhos verdes e mais de 1,80m, terei a simpatia do entrevistador e quase de certeza o lugar? Mas se medir 1,60m e tiver 120 kg, não vão olhar para mim duas vezes e bem posso ficar à espera que me chamem para a próxima entrevista!
E se for portador de uma deficiência física, tiver dificuldade em pronunciar as palavras e me deslocar numa cadeira de rodas? Serei de certo bem tratado, terei direito a muitos sorrisos e ao fim de uma semana receberei uma carta delicada dizendo que de momento não têm vaga mas que guardam o meu contacto para futura oportunidade – nunca!
Porque é que numa paragem de autocarro isolada, me aproximo mais do homem com ar de executivo, de fato e gravata, com o cabelo ainda húmido do banho e me afasto do homem de t-shirt desbotada, barba por fazer e olhos avermelhados? Talvez por não saber que este último regressa a casa depois do turno da noite numa fábrica?
Porque é que num café, olho com admiração e prazer para aquela mulher bem maquilhada, bem penteada e bem vestida e classifico a amiga, de cabelos meio despenteados, olheiras fundas e sem maquilhagem de desinteressante? No entanto essa mulher é uma heroína que passa as noites com o filho doente internado no hospital e pela manhã ainda encontra forças para ir trabalhar!
Porque é que olho disfarçadamente e finjo não ver o idoso que no banco do jardim fala sozinho, pensando eu em demência e não ponho sequer a hipótese de que de tão sozinho, as pombas que esvoaçam em seu redor são as suas únicas amigas e ouvintes!
Porque é que entre uma pessoa extrovertida e outra introvertida, escolho a companhia da primeira sem nunca ter dado oportunidade à segunda de mostrar o que vale?
Porque é que se alguém é amável tenho a firme convicção de que é “boa pessoa”? Mas se “outro alguém” é “amargo”, afasto-me sem me interrogar ou sem querer perceber que fantasmas o assombram.
Porque é que roupas de marca e carros topo de gama dão "estilo" e abrem “portas”?
Porque é que um livro com belas capas e pouco conteúdo tem mais venda que um com bom conteúdo e capas simples?
Porque é que um post com imagens bem cuidadas é mais “concorrido” que outro sem imagens?
Afinal o que é realmente o aspecto exterior?
É ser ou estar?

sábado, 11 de setembro de 2010

Hino 50 Anos RTP


Eu conheco muitas coisas de Portugal pela RTPI é sobretudo graças principalmente aos meus amigos Tétis é Argos.
Gosto tb muito deste video Hino 50 Anos RTP , está excelente mesmo! Parabéns!

Viva a portugal...viva à Televisão RTP...viva aos portugueses...

Y viva Brasil también!

Aqui en FRANCIA conoci muchos amigos portugueses con ellos aprendi muchas cosas.
Para nosotros españoles son como hermanos y por eso nos juntabamo en pandillas.
Esos amigos me hicieron descubrir un grande cantante de los más romántico en la historia de la música el REI Roberto Carlos.

Me apasione por sus músicas desde ese momento para siempre y es así cómo aprendi un poco de la lengua Portuguesa.

Roberto Carlos es quien me ha permetido encontrar mis dos amigos Tétis y Argos en la red en un lugar donde encontrabamos noticias, compartiamos y intercambiamos ideas y opiniones sobre nuestro idolo el REI…, nunca lo olvidare !
En 2006 fui a LISBOA para ver un show inovidable de Roberto CARLOS.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Montserrat Caballé e Freddie Mercury


Continuando a série "Duetos Musicais", apresentamos agora duas vozes poderosas: Montserrat Caballé e Freddie Mercury


Montserrat Caballé é uma famosa cantora soprano lírica espanhola.

De origem humilde, fez grandes esforços para conseguir concluir o curso de canto no “Conservatori Superior de Música del Liceu”, em Barcelona.

Cantou pela primeira vez a 13 de Abril de 1953 no “Gran Teatre del Liceu”, em Barcelona, numa gala de fim de curso, onde interpretou "Il Ciarlatano".
O início da sua carreira foi também muito modesto e difícil até que conseguiu ir para a Suíça, onde viria a fazer parte da Ópera de Basileia entre 1957 e 1959. Aí estreou com um repertório pouco frequente para as cantoras espanholas, que incluía Mozart e Strauss mas que foi decisivo para a etapa seguinte da sua carreira, na companhia permanente da Ópera de Bremen (1959-1962).
A sua verdadeira estreia mundial viria a dar-se na noite de 20 de Abril de 1965 no Carneggie Hall, quando teve que substituir imprevisivelmente a cantora Marilyn Horne na ópera Lucrezia Borgia de Donizetti. A brilhante actuação rendeu-lhe 25 minutos de aplausos e um rasgado elogio de um dos mais importantes críticos de ópera nova-iorquinos.
Em Abril de 1984, novamente no Carnegie Hall de Nova Iorque, o seu êxito mereceu cerca de meia hora de aplausos ininterruptos.
Em Junho de 1986 foi nomeada “Comendadora da Ordem das Artes e das Letras Francesas” pelo Ministro Francês da Cultura e em 22 de Abril de 1988 foi-lhe feita uma homenagem pelo 25º aniversário da sua apresentação oficial no “Teatro de la Zarzuela” e pelos seus 55 anos de vida.

São dezenas os galardões e troféus atribuídos a Montserrat Caballé, destacando-se: “Medalla del Liceo” (1966), “Llave de Oro de Barcelona”, “Premio de la Academia del Disco Lírico de Paris” (1970), Medalla de Oro del Teatro (1972), “Premio Nacional de Teatro en España” (1971), “Medalla de Oro al Mérito de Bellas Artes” (1973), “Medalla de Oro de la Generalitat de Cataluña” (1982), “Medalla de Oro de Madrid” (1988), entre outros.
Em 2 de Julho de 2008 foi nomeada “Doutora Honoris Causa” pela “Universidad Internacional Menéndez Pelayo” de Santander.

Montserrat Caballé interpretou mais de oitenta personagens de ópera, que vão desde a ópera barroca a Verdi, Wagner, Puccini, e Richard Strauss. Interpretou papéis tão diferentes como Norma, Salomé, Violeta, la Marschallin, Semiramide ou Isolda. Também interpreta canções populares espanholas. Fez a sua incursão na música rock com o cantor Freddie Mercury com a canção “Barcelona” que se converteu no hino dos Jogos Olímpicos de 1992.

Nos últimos anos tem-se dedicado a várias actividades beneméritas. É embaixadora da UNESCO e criou uma fundação para ajudar as crianças necessitadas de Barcelona.

É conhecida mundialmente pela inconfundível pureza e potência da sua voz. A excelente qualidade e perfeito domínio da técnica vocal fazem com que seja considerada uma das primeiras vozes do mundo.



Freddie Mercury foi o vocalista e líder da banda de rock britânica “Queen”.

Farokh Bommi Bulsara (o verdadeiro nome de Freddie Mercury) nasceu na antiga colónia britânica de Zanzibar, filho de pais persas.

Baptizado de Freddie pelos colegas da escola, desde muito cedo mostrou grande interesse pela música, tendo aprendido piano, tornando-se membro do coral e participante regular dos teatros da escola.

Aos 17 anos Freddie muda-se para Londres e em 1966, apaixonado pelas artes, entra para o “Ealing College of Art” a fim de seguir um curso de ilustração gráfica, onde se diplomou em Design Gráfico e Artístico.


Foi no Ealing College que conheceu e se tornou amigo de Tim Staffell, vocalista e baixista de uma banda chamada Smile, que o levou para participar dos ensaios.
Em 1970 quando Tim deixa o grupo, Freddie acaba por ficar como vocalista da banda que passa a chamar-se “Queen”. É por essa altura que Freddie também decide mudar o seu nome para Mercury.
Embora a maior parte da sua carreira se confunda com a do “Queen”, Freddie Mercury também lançou alguns trabalhos a solo: os LPs “Mr. Bad Guy” (1985) e, com a diva Montserrat Caballé, “Barcelona” (1988). Participou ainda do musical “Time”, de David Clark.
Apaixonado pelo balet, chegou a fazer uma apresentação de beneficência em 1979, dançando “Bohemian Rhapsody” com o Royal Ballet de Londres. Tanto o balet como a ópera foram elementos fundamentais no desenvolvimento da sua performance dado que Freddie nunca deixou de se aperfeiçoar. Diz o guitarrista Brian May que, mesmo quando Freddie já estava muito doente, "a sua voz, miraculosamente, se tornava cada vez melhor".
Freddie Mercury compôs muitos dos sucessos da banda que são hoje bem conhecidos, “Bohemian Rhapsody”, “Somebody to Love”, “Love of My Life” e “We Are the Champions”, hinos eloquentes e de estruturação extraordinária, particulares e eternos.
As suas exibições ao vivo são lendárias, tornando-se a imagem de marca da banda. A facilidade com que Freddie dominava as multidões e os seus improvisos vocais envolvendo o publico no show tornaram as suas turnés um enorme sucesso na década de 1970 e principalmente nos anos 80 em que encheram estádios de todo o mundo.
No visual de Freddie há uma mudança que não deixa de ser notada e que certamente fez parte da sua faceta de “performer” em constante evolução. Se na era Glam dos anos 70 aparecia de cabelo comprido, “eyeliner” preto, unhas pintadas, “maillots” de bailado e sapatos de tacão alto, na década de 80 a sua imagem de marca apresentava uma postura mais "macho” em que aparecia de cabedal preto, chapéu de polícia, cabelo curto e meses mais tarde de bigode.
Em 23 de Novembro de 1991 confirmou, numa declaração feita por ele próprio, que tinha contraído SIDA/AIDS, tendo vindo a falecer no dia seguinte, a 24 de Novembro na sua casa de Kensington em Londres.
Em 1992, um ano depois da sua morte, dão-se os Jogos Olímpicos de Barcelona, nos quais Montserrat Caballé interpreta a famosa canção “Barcelona” (gravada em 1988) num dueto virtual com Freddie Mercury. Este dueto será sempre recordado como um marco histórico da música.
Freddie Mercury ficará para sempre lembrado por todos nós pela sua voz poderosa e pelo incrível domínio do palco que o fez conquistar plateias por todo o mundo durante mais de duas décadas.Pelos seus amigos e colegas, Freddie é lembrado como um espírito livre, criativo, generoso, cheio de energia e talento e pelo seu excelente senso de humor.









terça-feira, 7 de setembro de 2010

Prémio "Día del Blog 2010"


Este lindo selinho foi-nos atribuído pela nossa querida amiga Luna, do blog “Sentimientos de Luna” - http://poemasycosasdeluna.blogspot.com

Trata-se de um selo do “Dia Internacional do Blog” que se comemorou no passado dia 31 de Agosto.

A regra para atribuição deste selo é passá-lo a 8 blogues amigos.

Ora, como é nosso hábito e porque, mais uma vez confessamos, não conseguimos de forma alguma escolher apenas oito blogues de entre todos aqueles de que gostamos e com os quais convivemos diariamente, vamos atribuí-lo
a todos os blogues dos nossos seguidores.

Assim, ficará este selinho à disposição de quem dele gostar e o quiser levar para o colocar no seu blog.

Obrigado, gracias amiga Luna!...

domingo, 5 de setembro de 2010

Os Poetas do Parque

E cá estamos de novo para mais um passeio pelo Parque dos Poetas!...

Desta vez a nossa companhia será também um poeta contemporâneo, vulto este com uma vastíssima obra e um lugar de grande destaque na literatura portuguesa - José Régio

José Régio (1901-1969)

Parte 1

José Régio é o pseudónimo que o romancista, dramaturgo, ensaísta, crítico e poeta português, José Maria dos Reis Pereira, escolheu para assinar a sua obra literária.

Filho de José Maria Pereira Sobrinho (um ourives amante do teatro) e de Maria da Conceição Reis Pereira (mulher sensível, a quem José Régio atribuía alguma responsabilidade na sua vocação literária), nasceu em Vila do Conde, a 17 de Setembro de 1901. Aí viveu até completar o quinto ano do liceu, terminando os estudos liceais no Porto, juntamente com o seu irmão Júlio (1902-1983), também poeta com o pseudónimo de Saul Dias e um dos mais originais artistas plásticos da sua geração.
Ainda em Vila do Conde, Régio publicou os seus primeiros versos nos jornais “O Democrático” e “República”.

Aos 18 anos foi para Coimbra onde, em 1925, se licenciou em Filologia Românica, com a tese “As Correntes e As Individualidades na Moderna Poesia Portuguesa”. Esta foi pouco apreciada, sobretudo pela valorização que nela fazia de dois poetas então quase desconhecidos, Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa. A tese, reformada, veio a ser publicada em 1941 com o título “Pequena História da Moderna Poesia Portuguesa”.

Leitor de Camilo Castelo Branco, Gustave Flaubert, Leão Tolstoi, Marcel Proust e Fiodor Dostoievski, José Régio utilizou os anos passados em Coimbra para uma formação cultural baseada numa enorme curiosidade literária e humana, que o levou a “descobrir” os autores do "Orpheu" e a conviver de perto com João Gaspar Simões, Branquinho da Fonseca, Afonso Duarte, Casais Monteiro, Edmundo de Bettencourt, Miguel Torga, António de Sousa, entre outros.

Em 1925 publicou os "Poemas de Deus e do Diabo", livro logo saudado por alguns críticos e onde apresentou quase todos os temas que viria a desenvolver nas obras posteriores: os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.

Em 1927, na companhia de João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca, funda a revista “Presença” – marco inicial da segunda fase do modernismo português, que até 1940 editará um total de 56 números. Para além da sua colaboração assídua nesta revista, deixou também textos dispersos por publicações como a “Seara Nova”, “Ler”, “O Comércio do Porto” e o “Diário de Notícias”.

José Régio seguiu a carreira de professor do ensino secundário, passando primeiramente pelo Porto (1928/29) e sendo depois colocado no Liceu de Portalegre, em 1930, onde permaneceu mais de 30 anos, até se reformar em 1962.

Nessa cidade leva uma existência solitária e calma entre o liceu, os cafés que frequentava e a casa onde foi guardando uma vasta colecção de peças de arte sacra, principalmente imagens de Cristo.

Régio não constituiu família, tendo justificado essa opção nas respostas a um questionário que lhe foi enviado por Jorge de Sena:

"Penso que o matrimónio ainda será o estado mais normal do homem (Digo estado normal e não natural. Parece-me que, naturalmente, o homem é polígamo).
Ter filhos – também me parece o mais normal. Acho que vale a pena tê-los, apesar das preocupações que daí possam advir.

Se eu resolvi muito novo não me casar (...), foi por me parecer que me dedicaria por demais à mulher, aos filhos, à casa – e isso prejudicaria a obra gigantesca que eu me propunha realizar (A que distância fica a gente do que na adolescência sonha!) ".

Nos últimos anos de vida, José Régio residiu alternadamente entre Vila do Conde e Portalegre, fazendo uma espécie de balanço interior expresso nas páginas da "Confissão dum Homem Religioso", livro que retrata a sua busca espiritual mas que deixou incompleto, ao sofrer um enfarte do miocárdio em Outubro de 1969, falecendo dois meses depois, em 22 de Dezembro de 1969.

Nessa fase da sua vida, participou activamente na vida pública, fazendo parte da comissão concelhia de Vila do Conde do Movimento de Unidade Democrática (MUD), apoiando o general Nórton de Matos na sua candidatura à Presidência da República e, mais tarde, a candidatura do general Humberto Delgado. Integrou ainda a Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD), nas eleições de 1969.

Considerado por alguns como um dos vultos mais significativos da moderna literatura portuguesa, José Régio recebeu, em 1961, o prémio Diário de Notícias e, postumamente em 1970, o Prémio Nacional de Poesia, pelo conjunto da sua obra poética.

As suas casas de Vila do Conde e de Portalegre são hoje museus.


Autores: Argos e Tétis

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pirata


Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.

Gosto de uivar no vento com os mastros
E de me abrir na brisa com as velas,
E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.

A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.

Sophia de Mello Breyner

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Pedacito de amigo. . .


Yo pienso que el tiempo que pasamos con cada amigo es lo que hace a cada amigo tan importante.
Las amistades se construyen de a pedacitos.
Pedacitos de tiempo que vivimos con cada persona.

No importa la cantidad de tiempo que pasamos con cada amigo o nuestro amor, sino la calidad del tiempo
que vivimos con cada persona.

Cinco minutos pueden ser más importante que un día entero.

Así, hay amistades hechas de risas y dolores compartidos; otras de la escuela, otras de salidas, cine y diversión; también están aquéllas que nacen y no sabemos de qué o por qué, pero sabemos que están presentes.

Tal vez estas estén hechas de silencios compartidos, o de mutua simpatía que no tiene explicación.
Hoy también hay muchas amistades hechas sólo de e-mails, nuestras “amistades virtuales” nos hacen reir, pensar, reflexionar...

Aprendemos a apreciar a las personas sin juzgarlas por su apariencia o modo de ser, sin poder etiquetarlas (como a veces hacemos inconcientemente). Hay amistades profundas que nacen así.

Saint-Exupéry dijo:

“Fue el tiempo que pasaste con tu rosa lo que la hizo tan importante".

Pienso que el tiempo que pasamos con cada amigo es lo que lo hace tan importante.

Porque el tiempo “perdido” con amigos no existe
es tiempo ganado, aprovechado, vivido.
Son recuerdos para un momento
o
para toda una vida.

Un amigo se torna importante para nosotros y nosotros para él, cuando somos capaces, aún en su ausencia, de reír o llorar, de extrañar o querer estar cerca de él sólo para disfrutar de su compañía.

Podemos tener varios mejores amigos de diversas maneras. Lo importante es saber aprovechar al máximo cada minuto vivido y tener después, en nuestros recuerdos, horas para pasar con ellos, aunque estén lejos.

“TÚ MISMO ERES RESPONSABLE DE LO QUE COSECHAS”.

“... Y APRENDE A COSECHAR LAS COSAS BUENAS...”

El auténtico amigo es el que lo sabe todo sobre tí y sigue siendo tu amigo.
Kurt D. Cobain

Gracias por ser mi amigo!